2011-06-17

Conjectura da mastigação

Contemplemos as proposições A e B

A - mastigar comida

B - mastigar informação

A hipótese que avanço é A <-> B (A equivalente a B). Note-se os pontos em comum:

1 - Abster da mastigação de algumas fontes e/ou sectores provoca carências que só se sentem mais tarde e nos tornam menos robustos.

2 - Abster da mastigação por preguiça leva-nos a comer a papinha já feita, por norma, feita por outrém. Perdemos músculo e autonomia.

3 - Um apetite desmedido provoca a mastigação das várias fontes e sectores e leva-nos a estados desagradáveis, ao da obesidade no caso de A e ao da confusão no caso de B. Para mitigar ambos é bom mastigar muito bem antes de engolir.

2010-01-11

Intelligence

Intelligence is just a tool to satisfy our emotions. What else?

"Teached" competitiveness

Why is everyone violently racing each other these days? Happiness is not a competition. At most it's an obstacle course with no finishing line but death :) Relax, enjoy the course and occasionally stop to measure the importance of matters in your happiness.

2008-03-20

"Linguagem Preguiçosa" vs. Abuso de termos Ingleses

Se por um lado, como já disse antes, o abuso de termos ingleses potencia mal entendidos, quebras de circulação da informação, enfim, de modo geral degrada a qualidade e transmissão da informação, também é um bom sinal. É sinal que as pessoas em geral já conseguem ver um bocadinho para além do próprio quintal e estimulam forçosamente e mutuamente as mentes.

As pessoas começam a "sofrer" da inundação de informação que vem do exterior - do mundo inteiro, transportada através de vários meios por agentes comerciais e noticiosos. Estes últimos (jornalistas) têm como primeira prioridade chamar a atenção dos seus clientes para poderem vender produtos, os seus e os de terceiros e, só depois para informarem sobre utilidades (ou não). É assim que funciona, é assim que a informação financia a sua viagem. Por outro lado, existe por enquanto, o deleite de informação grátis (excluindo o provedor de serviço) que boia no oceano da Rede (internet). Essa informação provém de todo lado e tem todo o género de propósitos. Cabe ao indivíduo filtrar a que lhe interessa e/ou acha importante. Há que aproveitar e manter esta liberdade!

O que é que a avaliação preguiçosa de certas linguagens de programação funcionais tem a ver com o isto? Muito pouco :) E com o abuso de termos ingleses? Ahh! Isso tem.

Tal como em certas linguagens de programação funcional é poupado trabalho quando não se processa informação que ainda não foi necessária e, se calhar nunca o vai ser. As pessoas de consciência menos auto-punidora-vingativa-sádica :) fazem o mesmo. Porque raio hão de elas traduzir expressões que foram trazidas pela maré para Português? Elas entendem mais ou menos o que querem dizer. Afinal de contas, se usam as palavras "amaldiçoadas" é porque julgam estar dentro do assunto. O próximo elo da comunicação que se desenrasque em saber o que o anterior quis dizer e tenha um dicionário de Inglês, Francês, Alemão ( línguas de culturas dominantes) por perto. Se ninguém quiser saber da informação poupou-se trabalho!!

" - Entendeste o que este gajo está pra aqui a dizer!?"
" - Não... Anda a bater mal de certeza."

2007-02-07

Uma selva muito particular de macacos

O macaco cauteloso


O macaco cauteloso é como o resto dos macacos do universo de macacos que se quer retratar: idealmente vive em árvores, ansia até ter uma árvore. De vez em quando até consegue domesticar várias árvores constituindo um luxuoso jardim privado.
As árvores são escassas, são dispersas e movem-se constantemente. Quando o macaco cauteloso vislumbra recursos numa árvore que passa por perto, apressa-se até à extremidade da sua árvore que terá mais proximidade com a árvore deambulante. Sorrateiramente, o macaco tenta alcançar o galho da outra árvore sem que a sua própria árvore se de conta. Faz isto porque cobiça os recursos da árvore transeunte. Estes agradam-lhe mais dos que tem presentemente na sua. Cauteloso, porque não larga o ramo da sua árvore enquanto não agarra também o ramo da árvore que passa. Desta maneira o macaco evita cair no chão, ficar sem alguma árvore e passar, no pior cenário, o resto da sua vida a viver com os recursos eternamente débeis do chão.

O macaco audaz e cauteloso


O macaco audaz e cauteloso vislumbra os recursos de uma árvore que passa perto da sua e até se entusiasma. Mas, logo reflecte as possibilidades de uma eventual incursão à árvore que se aproxima. Sabe que existe o perigo do primeiro ramo que agarrasse se partir. Sabe que um voo arriscado acabaria por significar uma aterragem no solo e a fuga da sua árvore actual. O macaco audaz e cauteloso contempla ainda a possibilidade de uns quaisquer recursos estupendos que a sua vista alcança ao longe se esgotarem sem aviso prévio se ele alguma vez os alcançasse.

O macaco audaz e cauteloso não hesita correr riscos em fazer um salto longo e até descer da sua árvore enfrentando assim a dureza da vida no solo, claro que, só o fará se a vida proporcionada pela sua árvore for igualmente ou até pior que a vida no solo.

2006-07-08

O ser humano é complexo, mas...

O ser humano é complexo, mas a complexidade das tarefas que consegue executar é muito limitada tendo em conta aquilo que alcança quando divide o objectivo em partes. Uma afirmação ingénua mas aposto que nem toda a gente pensa no quão pequenas as partes têm de ser para que o objectivo seja levado a cabo com sucesso.

Ex:
Objectivo (7+8) / 4 * 6
(1º fazer 7+8, lembrar-me do resultado ou anotá-lo, e depois dividir por 4, memorizar ou anotar resultado anterior e multiplicar por 6)

Ex:
Objectivo: Lavar loiça
(...,Lavar prato: esfregar centro, esfregar orla, virar e fazer o mesmo.., ...)

A soma foi uma operação "atómica", ou será que dividiste a operação em duas mais pequenas?

De certa forma, o cenário que eu quero passar é: resolver um puzzle de 1m² às escuras com o auxílio de uma lanterna que projecta luz num círculo de 10cm de diâmetro leva o seu tempo! Cada vez que deslocamos o círculo de luz para ponderar peças e lugares vagos estamos a mudar o contexto do raciocínio. Quando voltarmos ao mesmo sítio vamos tentar lembrar-nos do resultado do raciocínio produzido anteriormente. Agora imaginem se conseguissemos ter uma lanterna que produzisse um círculo de luz de 30cm de diâmetro, a diferença era enorme! Em cada raciocínio haveria muitos mais "elementos" com que trabalhar de uma só vez. O puzzle seria resolvido muito mais depressa. Agora imaginem que o tamanho do círculo de luz é o tamanho das vossas operações mentais atómicas e que este aumentára. Seria sinónimo de detectar mais problemas e resolvê-los mais rápido que o costume.

Não confundir a analogia da lanterna com o conceito de "memória de trabalho". O que me referi era ao conjunto da memória de trabalho e do raciocíno sobre ela se tornarem mais poderosos.

Este fenómeno está em todo lado desde lavar loiça, mudar um pneu até organizar uma viagem a marte. Suspeito que a tendência seja para que as operações "atómicas" venham a ficar mais complexas se o ser humano continuar a evoluir. Talvez um dia a expressão matemática seja apenas uma operação atómica. Imagino que se alguém chegar a esse ponto, lavar loiça vai ser uma tarefa incrivelmente tediosa ou até insuportável. A máquina de lavar loiça já existe e vai salvar a humanidade! :)

A evolução humana desde a sua existência, contempla a perpétua necessidade de cumprir objectivos, que há muito bem pouco tempo e ainda em muitos países subdesenvolvidos¹ são sobretudo matar a fome e copular. A sociedade que existe nos países desenvolvidos¹ deixou de ter como objectivo primário a obtenção de comida (anda por aí aos pontapés), mas copular² ... Esse objectivo está bem presente, é ainda primário e gera carradas de objectivos secundários que por sua vez geram mais carradas de outros objectivos menos importantes.
Lembro-me de alguns objectivos secundários considerados importantes pela maioria das pessoas para que se tenha uma boa oportunidade de copular com outros indivíduos, desejados pelos seus atributos físicos e cada vez mais pelos atributos intelectuais e sociais. Um desses objectivos é concerteza a estabilidade financeira, que nos dias que correm é sinónimo de conforto (físico e mental). Já se adivinha a carrada de objectivos necessários para que este seja alcançado.
É de notar que, regra geral, as duas partes envolvidas na cópula perseguem os mesmos objectivos, ou seja, ambos procuram ser financeiramente estáveis.
Não deixa de ser engraçado que se pode traçar um paralelismo entre os humanos e os outros animais: o único requesito para copular é ser saudável, e se ouver mais do que um candidato para a vaga, aquele que estiver melhor adaptado ao ambiente circundante, incluindo disputas directas com outros candidatos, é aquele que vai conseguir copular.
Recuperando o rumo e voltando ao tema. Com esta praga de novos objectivos a entrarem pela nossas cabeças é natural ver a pressão a aumentar para alcançar os objectivos com celeridade esmagadoramente e asfixiantemente. Isto vai dar origem a um factor importantíssimo do próximo filtro genético que ditará o rumo da evolução humano nos próximos tempos. Aqueles que conseguirem aumentar o nível de atomicidade das operações vão conseguir responder à pressão de executar mais depressa e vão conseguir copular e assim efectivar o filtro genético.

¹ O sentido da palavra não é o mesmo que a maior parte das pessoas lhes dá e apenas serve de referência geográfica.
²Existe ainda o pressuposto que na maioria das pessoas um dos objectivos primários é copular, secalhar o pressuposto está a desvanecer. Mas essa dissertação fica para outra altura.

2006-04-25

A razão deste diário

Bem, de vez em quando até me surgem umas ideias engraçadas ou intrigantes. Há-de haver pessoas que apreciem estas coisas, onde não sei, mas que as há, há! Digo eu. Secalhar não. O título do blog... tenciono dissertar muito à volta do assunto.